Empreendedorismo
QUER COMEÇAR UMA STARTUP?
3 conselhos para você desenvolver uma Startup de sucesso

 

Está pensando em empreender? Identificou uma dor no mundo que você acredita ter o remédio? Então, aí vão meus 3 conselhos para você:

 

1. CONSTRUA UMA CULTURA ORGANIZACIONAL SAUDÁVEL

Na verdade, Cultura Organizacional é o cerne de qualquer empresa. E, eu não estou falando de Visão, Missão, Valores… isso é só o começo. A cultura organizacional é o que define a identidade da sua empresa. É a partir dela que você conduzirá seus colaboradores para o resultado que você espera. O próprio nome da sua empresa já precisa refletir um pouco da sua Cultura Organizacional.

Se quiser aprender um pouco mais sobre cultura organizacional conheça meu workshop sobre o livro Criatividade S.A. e descubra como Ed Catmul transformou os estúdios Pixar e Disney em uma das melhores empresas para trabalhar.

Um bom gestor deve focar na escolha da pessoa certa para o trabalho certo, e na comunicação clara das informações necessárias para tal tarefa. Deve ser acessível e provedor dos recursos e diretrizes específicas para levar a empresa aos resultados esperados. E, não menos importante, tem que dar feedbacks construtivos ao longo do caminho.

Mas nós sabemos que isso não é nada fácil. Por isso, a cultura organizacional é fundamental para o sucesso do gestor. As pessoas precisam caminhar na mesma direção que você. Afinal, visão mais visão vai gerar divisão.

As organizações bem sucedidas fazem as pessoas trabalharem por propósito, não, apenas, por dinheiro. Pergunte-se: o que minha startup está fazendo para tornar o mundo um lugar melhor? Se a resposta para essa pergunta estiver na ponta da língua dos seus colaboradores, eles seguirão na mesma direção que você.

O propósito deve ser um motivador intrínseco que atrai pessoas que “não estão lá só pela grana” e não vão buscar por atalhos que prejudiquem a organização para subir na hierarquia, ganhar um bônus no final do mês ou satisfazer o chefe.

Quando o propósito tornar-se o motivador intrínseco da sua equipe você vai perceber que pode simplificar os processos e afrouxar o controle, pois entende que todos estão lá para fazer o melhor e acreditam na contribuição que estão oferecendo ao mundo.

Vídeo e-Talks da Endeavor com Patrícia Tavares:

 

 

Na maioria das empresas a visão e a missão são concebidas com uma ideia genuína em mente, mas, infelizmente, acabam sendo muito mal utilizadas pelas organizações que as tratam como mero formalismo. Ficam guardadas na gaveta do gestor ou penduradas na parede da sala de reunião num papel envelhecido.

Quando a visão e a missão não fazem parte do cotidiano das organizações, o tédio e a descrença se instalam. O propósito, por sua vez, descreve o impacto que a organização está criando na vida dos seus colaboradores e clientes.

Para Angela Garay o estudo da Cultura Organizacional permite a compreensão dos processos que geram e moldam significados vitais para a existência da organização. Segundo a autora ” os processos que representam as relações de estado motivação, inovação, criatividade, adesão, comunicação, ascensão, status, divisão entre classes, divisão sexual e outros mais de natureza comportamental e social”

Edgar Schein, um dos primeiros pesquisadores de Cultura Organizacional, define cultura em: artefatos, valores e crenças. Mary Jo Hacth acrescenta também os “símbolos” à lista de Schein.

Enfim, meu primeiro conselho para os aspirantes ao empreendedorismo é estar atento ao discurso explícito e implícito que redigido e falado àqueles que estão se dispondo a caminhar com a startup.

Às vezes, o layout da empresa pode comunicar certos valores que você quer preservar, outras vezes, podem ser os processos, o uniforme, as rotinas, os hábitos, ou, tudo junto.

 

 

2.  CONSIDERE UTILIZAR A HOLOCRACIA

“Holocracia é um sistema criado pelo americano Brian Robertson para a gestão de negócios. Nas palavras de Brian, holocracia é uma nova forma de administrar uma empresa, através da distribuição de autoridade, removendo o poder de uma estrutura hierárquica”.

Esse conceito é novo, provavelmente, você ainda não ouviu falar. Mas, “lá fora” já está bem difundido. Parece estranho pensar que uma organização pode ser administrada sem hierarquia, mas acredite, é possível.

Numa organização tradicional a gestão é responsabilidade do gestor, ou do dono. Planejar, controlar e coordenar são atividades centralizadas em alguém, enquanto os outros colaboradores, apenas, seguem o que foi definido.

Na Holocracia a gestão é responsabilidade de todos. As funções de coordenação e controle, anteriormente atribuídas ao chefe, são substituídas por um processo transparente e de prestação de conta chamado de:  “pressão dos pares” (peer presure).

Se você assistiu o vídeo da Samba Tech no tópico anterior deve estar pensando em colocar uma mesa de sinuca no refeitório, ou em pintar com tinta colorida as paredes da empresa. Mas, apenas, dar regalias e montar salão de jogos, não fazem as pessoas caminharem na direção que você quer.  

O colaborador precisa sentir que está desenvolvendo seu potencial em nível máximo e que o que está fazendo possui um propósito maior. É isso que traz envolvimento.

Um antigo chefe uma vez me disse: “quando os acordos são claros a amizade é longa”. Aprendi que se houver clareza de propósitos todos podemos trabalhar e nos envolver com a mesma intensidade.

 

Na Holocracia todos os membros de um círculo participam da reunião tática semanal para compartilhar as suas métricas e “checklists”. Todos respondem “sim” ou “não” para as atividades recorrentes dos seus papéis.

O checklist é definido pelas próprias pessoas do círculo e é este mecanismo que permite a execução das atividades mais importantes, sem a necessidade de um poder centralizado de cobrança.

 

 

A Holocracia sugere uma autogestão, fazendo com que a maioria das decisões sejam tomadas de forma “democrática”, isto é, o indivíduo busca o aconselhamento dos colegas, em direção ao “consentimento” de todos, que diferente de consenso.

  • Consenso: todos acreditam que esta é a melhor decisão
  • Consentimento: todos consideram a decisão “segura o suficiente para tentar” e “boa o suficiente por agora”.

É uma busca por utilizar a sabedoria do grupo para identificar “objeções” (algum mal que a decisão pode causar) e integrá-las à proposta inicial.

A plataforma de aprendizado GEEKIE é o primeiro case de sucesso da Holocracia no Brasil:

 

3  MANTENHA SEMPRE UM PENSAMENTO DISRUPTIVO

A teoria da inovação disruptiva foi criada pelo professor Clayton M. Christensen e está publicada em seu livro The Innovator’s Dilemma, de 1997. Basicamente, o pensamento disruptivo acontece quando uma empresa menor e com menos recurso torna-se capaz de desafiar com sucesso as empresas consolidadas.

Comece com uma pergunta simples: Existe uma maneira melhor e mais barata de se fazer isso? Para responder observe os processos e aplique tecnologia até achar um caminho simples para ter novos modelos de negócios.

Para ficar mais fácil de entender vamos pegar o exemplo da Netflix. Veja o histórico da empresa:

  • Em 1997, Reed Hastings e Marc Randolph fundam a Netflix como um serviço online de locação de filmes;
  • Em 1998, a Netflix lança o primeiro site de vendas e aluguel de DVDs: netflix.com.
  • Em 1999, lançam o serviço por assinatura, oferecendo a locação ilimitada de DVDs por um preço mensal.
  • Em 2000, a Netflix lança um sistema de recomendação personalizada de filmes, que utiliza as classificações dos próprios assinantes da Netflix para recomendar títulos.
  • Em 2005, o número de assinantes da Netflix chega em 4,2 milhões.
  • Em 2007, a Netflix inicia o serviço de transmissão online, que permite aos assinantes assistir a séries e filmes instantaneamente no computador.
  • Em 2009, a empresa estabelece parcerias com fabricantes de eletrônicos para transmitir conteúdo online no PS3, TVs e outros aparelhos conectados à Internet.

Percebeu como o tempo todo a Netflix inovou dentro do seu próprio nicho de atuação? Pensar de forma disruptiva é isso. E, como você já deve saber, a Netflix está produzindo suas próprias séries e esse é seu atual salto disruptivo.

O pensamento disruptivo transforma o mercado de atuação através da simplicidade, conveniência e acessibilidade, onde complicações e alto custo são prioritárias. Muitas vezes a inovação disruptiva se forma em um nicho de mercado considerado desinteressante para a indústria, como por exemplo as locadoras de vídeo, que ou se reinventam ou morrem.

A abordagem “vamos esperar para ver” não funciona mais hoje em dia. Sua marca, seus produtos e seus serviços precisam evoluir se você quiser continuar sendo competitivo.

 

Vamos continuar essa conversa?

Se você está tentando empreender, mas ainda não sabe como começar conheça meu workshop sobre Empreendedorismo baseado nos livros Startup Enxuta e De Zero à Um.

Até o próximo post.

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